1ª QUESTÃO
Artigo 1 - A diversidade cultural, patrimônio comum da humanidade
A cultura adquire formas diversas através do tempo e do espaço. Essa diversidade se manifesta na originalidade e na pluralidade de identidades que caracterizam os grupos e as sociedades que compõem a humanidade. Fonte de intercâmbios, de inovação e de criatividade, a diversidade cultural é, para o gênero humano, tão necessária como a diversidade biológica para a natureza. Nesse sentido, constitui o patrimônio comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em beneficio das gerações presentes e futuras.
Declaração Universal sobre Diversidade Cultural. UNESCO, 2001.
De acordo com o documento, a diversidade cultural é essencial para o gênero humano e, para garantir a sua perpetuação, é imprescindível que todas as culturas sejam reconhecidas. Sendo o Brasil é um país cuja formação social é multicultural desde as suas origens, há necessidade elaborar políticas públicas de reconhecimento da diversidade cultural brasileira.
Uma política pública dessa natureza está contemplada no seguinte programa:
A - Saúde da Criança e Aleitamento Materno, voltado para a redução da mortalidade infantil e neonatal e incentivo à amamentação.
B - Fome Zero, com objetivo de assegurar o direito humano à alimentação adequada às pessoas com dificuldades de acesso aos alimentos.
C - Bolsa Verde, voltado para moradores de unidades de conservação florestal e assentamentos de reforma agrária, como forma de pagamento por serviços ambientais.
D - Nacional de Imunizações, que visa contribuir para o controle ou erradicação das doenças infectocontagiosas e imunopreveníveis, mediante a imunização sistemática da população.
E - Política de Promoção da Igualdade Racial, que visa à implementação de políticas de inclusão socioeconômica de grupos étnicos historicamente discriminados, tais como negros, índios, ciganos e comunidades de terreiros.
2ª QUESTÃO
A demanda cada vez mais exigente e específica por parte dos consumidores de países centrais originou um padrão produtivo diferenciado daquele que se verificava. Nesse novo padrão, passou-se a evitar o excedente de produção em estoque. Se o consumidor quiser uma bicicleta cor de rosa ou um carro roxo, com um motor especial, com direção qualificada e freios alterados, esse modelo produtivo pode atender. A partir disso, ganha-se com qualidade e, não, com quantidade.
Com base na análise do texto, identifica-se a descrição de uma forma de organização econômica denominada:
A – Padrão de comercialização liberal com modelo da linha de produção.
B - Modelo de produção toyotista inserido em regime de acumulação pós-fordista.
C – Padrão de produção taylorista correspondente ao regime de acumulação fordista.
D - Regime de acumulação primitiva referente ao modelo de produção clássico inglês.
E - Modelo de comercialização exclusivista com regime de acumulação do mercantilismo.
3ª QUESTÃO
A "plantation", evidentemente, pertencia tanto ao mundo da manufatura quanto ao da agricultura comercial. Os produtos da "plantation", especialmente açúcar e anil, exigiam processamento elaborado, e ambos permitiam e exigiam a exploração intensiva de mão de obra. (...) O empreendimento administrado pelo dono da "plantation", que negava ao produtor individual o controle sobre a maior parte do processo de trabalho, antecipou algumas das características do industrialismo capitalista.
Segundo o texto, as plantations da América durante os séculos XVI a XIX caracterizavam-se por:
A – Serem autossuficientes para prover as necessidades básicas dos habitantes.
B - Inovarem, tecnologicamente, para obter constantes aumentos de produtividade.
C - Utilizarem o trabalho escravo para cultivar produtos agrícolas em grande escala.
D – Dependerem da imigração europeia para processar a monocultura para exportação.
E - Constituírem-se como local privilegiado para investimento dos capitais metropolitanos.
4ª QUESTÃO
Durante a República Velha, a formação do operariado fabril conviveu com condições hostis à incorporação desses trabalhadores no cenário político brasileiro.
Tal fato acabou influenciando a organização e o cotidiano dessa massa de homens em seus locais de trabalho, o que pode ser observado na seguinte afirmação:
A - Não deveis ir contrariado para o trabalho porque quem trabalha contrariado não pode produzir de acordo com a sua eficiência. (Regulamentos América Fabril, 1920).
B - Se fordes apanhados conversando (em locais de trabalho) tereis cometido uma infração e, portanto a penalidade será aplicada, o que é sempre vexatório. (Regulamentos América Fabril, 1920).
C - Todas as manhãs antes de saírem da porta devem recordar: fazerem-se respeitar aos patrões (...) e serem solidários com qualquer companheiro maltratado, dando-lhe todo apoio que se queira. (O Catecismo de Chapeleiro, 1905).
D - Se a liberdade sindical é uma garantia decorrente do direito de reunião e associação (...) o direito de não se sindicalizar tem o seu fundamento na liberdade individual que não pode ser tolhida. (Relatório do Centro Industrial do Brasil, 1926).
E - A esperta burguesia, para que os jovens operários não despertem contra tanta infâmia, espalha por todos os bairros, clubes de futebol, “dancings” etc... etc... para distraí-los, para envenenar- lhes a consciência. (Jornal O Trabalhador Gráfico, 1907).
5ª QUESTÃO
O Pelourinho, onde correu o sangue dos escravos, é o território principal da parte da minha obra que tem como cenário a cidade do Salvador, a cidade da Bahia, como dizemos nós, os velhos baianos. Num dos casarões do Pelourinho, transcorre a ação de Suor, em suas ruas e ladeiras, no largo do Pelourinho, Antônio Balduino lutou boxe e Mestre Pastinha lutou capoeira, viveram aventura e poesia os Capitães da Areia, discutiram da vida e do amor Jesuíno Galo Doido, o negro Massu, Pé de Vento, Curió e o Cabo Martim.
Fonte: Disponível em: < http://www.jorgeamado.dreamhosters.com/?page_id=126 > Acesso em: jul. 2012.
A prática de conservação de monumentos arquitetônicos de uma cidade, como no caso do Pelourinho, em Salvador (BA), é legitimada pelo argumento que se encontra na opção seguinte:
A - Estimular a especulação imobiliária para futuros empreendimentos.
B - Assegurar a preservação da memória social de um período da história.
C - Impedir a reutilização de construções artísticas em zonas residenciais.
D – Legalizar a transformação de construções obsoletas em unidades elitizadas.
E - Incentivar a alteração dos valores culturais e tradicionais de uma sociedade.
6ª QUESTÃO
1706, residência de frades franciscanos. A escrava Luzia, vinda do Congo, cuida diariamente do padre Francisco, de sua comida, suas roupas, suas doenças. Por essa dedicação, recebe a liberdade e uma série de presentes. São roupas finas, rendas, adereços de prata, tachos de cobre, tudo registrado no documento que comprova que ela agora é livre. (...) Documentos mostram que escravos souberam criar oportunidades para ganhar alforria tornando-se cúmplices de seus proprietários e negociando com eles.
FONTE: BELLINI, Lígia. Uma relação delicada. Revista de História. Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional, set. 2006. (Revista de História da Biblioteca Nacional. nº 12).
De acordo com a autora, a escravidão negra, no Brasil, foi marcada pela:
A – Opressão e possibilidade de aproximação entre senhores e escravos.
B - Violência das penas e açoites aplicados aos escravos pelos senhores.
C - Relação de propriedade e animosidade vigente entre senhor e escravo.
D - Coexistência da vitimização e coisificação dos escravos pelos senhores.
E - Aliança de trabalho, dedicação e confiança estabelecida com os senhores.
7ª QUESTÃO
A falta de chuvas e ventos causou ontem em Curitiba um fenômeno que ocorre quando a atmosfera fica muito estável e não permite que os gases circulem. A camada de ar quente que pairava sobre a capital ficou presa abaixo de uma camada de ar frio, e a ausência de agentes dispersantes, como chuvas e ventos, concentrou os poluentes e formou o nevoeiro.
A temperatura ficou mais quente com o aumento da altitude, e não mais frio, como é o normal. (...) não era possível nem ver o topo dos prédios. “O fenômeno é típico da estação de inverno e ocorre com alguma frequência em Curitiba”, explicou o meteorologista Tarcísio Valentin da Costado, do Instituto Tecnológico Simepar. O ar na cidade durante o fenômeno pode trazer complicações à saúde. Irritação nos olhos e complicações respiratórias.
Fonte: Gazeta do Povo, 09 ago. 2006. (adaptado).
O fenômeno descrito na reportagem é conhecido como:
A - El Niño.
B - Ilha de calor.
C - Chuva ácida.
D - Efeito estufa.
E - Inversão térmica.
8ª QUESTÃO
Álcool, crescimento e pobreza
O lavrador de Ribeirão Preto recebe em média R$ 2,50 por tonelada de cana cortada. Nos anos 1980, esse trabalhador cortava cinco toneladas de cana por dia. A mecanização da colheita o obrigou a ser mais produtivo. O corta-cana derruba agora oito toneladas por dia. O trabalhador deve cortar a cana rente ao chão, encurvado. Usa roupas mal-ajambradas, quentes, que lhe cobrem o corpo, para que não seja lanhado pelas folhas da planta. O excesso de trabalho causa a birola: tontura, desmaio, cãibra, convulsão. A fim de aguentar dores e cansaço, esse trabalhador toma drogas e soluções de glicose, quando não farinha mesmo. Tem aumentado o número de mortes por exaustão nos canaviais. O setor da cana produz hoje uns 3,5% do PIB. Exporta US$ 8 bilhões. Gera toda a energia elétrica que consome e ainda vende excedentes. A indústria de São Paulo contrata cientistas e engenheiros para desenvolver máquinas e equipamentos mais eficientes para as usinas de álcool. As pesquisas, privada e pública, na área agrícola (cana, laranja, eucalipto etc.) desenvolvem a bioquímica e a genética no país.
Confrontando-se as informações do texto com as da charge apresentada, conclui-se que:
A - A charge contradiz o texto ao mostrar que o Brasil possui tecnologia avançada no setor agrícola.
B - A charge e o texto abordam, a respeito da cana-de-açúcar brasileira, duas realidades distintas e sem relação entre si.
C - O texto e a charge consideram a agricultura brasileira avançada, do ponto de vista tecnológico.
D - A charge mostra o cotidiano do trabalhador, e o texto defende o fim da mecanização da produção da cana-de-açúcar no setor sucroalcooleiro.
E - O texto mostra disparidades na agricultura brasileira, na qual convivem alta tecnologia e condições precárias de trabalho, que a charge ironiza.
9ª QUESTÃO
Nenhuma falsidade acolhe em si a natureza do número e a harmonia, porque não é própria delas. À natureza do ilimitado, do insensato e do irracional pertencem a falsidade e a inveja.
Falsidade, de modo algum se insinua no número, pois, adversa e hostil à sua natureza (é) a falsidade, enquanto que a verdade é própria e inata à família do número. FILOLAU de Crotona.
O fragmento supracitado refere-se ao modo como os pitagóricos pensavam a noção de número.
A partir desse fragmento é possível afirmar que:
A - A natureza do número é ser algo indeterminado.
B – Os números são irracionais por serem verdadeiros.
C - A harmonia dos números é o que expressa sua falsidade.
D - A natureza do número pertence ao domínio da racionalidade.
E - Mentira e verdade dependem da noção matemática de número.
10ª QUESTÃO
O continente africano passou por um amplo processo de descolonização ao longo do século XX, sobretudo com o término da Segunda Guerra Mundial.
O impacto do fim da Segunda Grande Guerra no processo de descolonização da África deve-se, sobretudo:
A - Às exigências dos Estados Unidos, que defenderam a causa emancipacionista africana.
B - Às resoluções assinadas pelas potências vencedoras, que passaram a reconhecer a soberania das nações africanas.
C - À fragilização das potências europeias, que encontraram dificuldades para manter o domínio militar e econômico na região.
D - Ao esforço conjunto de diversas lideranças do continente africano em pressionar as potências europeias no término do conflito bélico.
E - Ao desinteresse das potências europeias na continuidade da exploração colonial devido ao alto custo de manutenção da estrutura colonizadora.
11ª QUESTÃO
A Revolução Industrial não representou apenas as inovações técnicas e o progresso econômico. Ela teve implicações profundas na mentalidade das pessoas, alterando a forma de ver o mundo.
A opção que NÃO se relaciona com a nova mentalidade das sociedades industriais é:
A - A vigilância e o controle.
B - A disciplina e a autodisciplina.
C - A crítica à ociosidade e a valorização do tempo útil.
D - A administração e a organização racional do trabalho.
E - A condenação da usura e a observância dos mandamentos da Igreja.
12ª QUESTÃO
Na crise, perplexidade entre mercado e Estado
Quando, a partir da década de 1980, as reformas econômicas da China, a queda do Muro de Berlim e o colapso da União Soviética sepultaram a viabilidade das economias prósperas de esquerda, muitos historiadores e economistas decretaram a vitória do capitalismo liberal como o único sistema capaz de conciliar riqueza e democracia. (...)Trinta anos depois, com a crise econômica de 2008, foi a vez de o capitalismo liberal ser bombardeado como incapaz de trazer justiça e inclusão social.
Fonte: SCOFIELD, Gilberto. Na crise, perplexidade entre mercado e Estado. O Globo, Rio de Janeiro, 29 jan. 2012. Economia, p. 50.
O contexto apresentado propicia uma discussão em torno de duas doutrinas econômicas que polarizaram o debate econômico no mundo capitalista no século passado: o Keynesianismo e o Liberalismo Econômico.
Dois exemplos de medidas que poderiam ser sugeridas por um economista da linha do liberalismo econômico para combater os efeitos da crise econômica iniciada em 2008 seriam:
A - Reduzir os gastos do Estado - privatizar empresas públicas.
B - Estatizar o setor financeiro - elevar a carga tributária nacional.
C - Ampliar a regulação do governo sobre a economia - reforçar a rede de proteção social.
D - Aumentar os impostos sobre o capital produtivo - amplificar os benefícios do Welfare State.
E - Eliminar a ação dos bancos centrais nacionais - tornar mais rigorosa a legislação trabalhista.
13ª QUESTÃO
A questão energética tornou-se inseparável da questão ambiental. Mais do que nunca as discussões acerca da matriz energética mundial levam em consideração os dois séculos de Revolução Industrial atrelada aos combustíveis fósseis e os impactos que esse modelo pode estar trazendo para o planeta. Nas últimas décadas essa questão mudou de escala, em virtude dos crescentes indícios científicos de alterações climáticas na esfera global, o chamado aquecimento global.
Em virtude de sua utilização para a geração de energia, as fontes que apresentam uma sequência crescente de magnitude das emissões de gases-estufa são:
A - Hidráulica - Solar - Eólica - Carvão - Petróleo.
B - Carvão - Gás Natural - Petróleo- Solar - Eólica.
C - Solar - Gás Natural - Carvão - Petróleo - Nuclear.
D - Eólica - Hidráulica - Gás Natural - Petróleo - Carvão.
E - Nuclear - Hidráulica - Petróleo - Carvão - Gás Natural.
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